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Ora, então, o juiz, aquele juiz, pode fazer ruir o juiz ou salvá-lo.
Que regime? Estamos a referir-nos a que regime, a nomenclatura das instituições da República, à Constituição, ao regime de representatividade popular que denominamos democracia? Ou a dado uso do regime, assim entendido, pelos ”lobbies” que se apoderaram da República e das suas instituições? Qual das duas acepções de ”regime” poderia um juiz, aquele juiz, fazer ruir ou salvar?
Isto fica tudo muito pouco claro e deve ser imediatamente esclarecido. O regime, seja qual for, não pode estar ao arbítrio do propósito de um só homem, seja quem for. Esse arbítrio tem que pertencer aos portugueses, colectivamente, devidamente informados e esclarecidos.
O teor do artigo é sem dúvida deplorável, manifestamente exemplar do ódio saudosista à velha ordem salazarista, com todos os seus tópicos e ingredientes. E é por isso que as instituições da República têm o dever de se manifestar e escrutinar este juiz, os seus propósitos e os seus procedimentos. Não é liminarmente aceitável que um juiz guarde, para propósitos futuros, documentos que a lei manda que sejam destruídos, informação ”classificada” para fazer ruir o regime.
O incidente tem implicações transversais extremamente complexas.
Em última instância, se for o caso de as instituições da República deixarem passar a matéria em claro, os portugueses devem responder com uma abstenção drástica no próximo acto eleitoral, exigindo a clarificação do regime.
Afinal, vamos votar em quê? Em que regime? Em que juiz?


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12:24

“Seria temerário da minha parte fazer qualquer consideração a esse respeito num restaurante onde é impossível ter qualquer tipo de privacidade”.


Carlos Alexandre em resposta a interrogatório no âmbito de investigação e inquérito acerca de se saber se teria ou não violado o dito segredo em almoço com o jornalista Francisco Galope.


Se o juiz lesse o blog do ex polícia de investigação criminal João de Sousa saberia que o melhor sítio e contexto para fazer considerações a esse respeito é o banho.

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22:08

"Pare-se com a hipocrisia. Os senhores jornalistas sabem bem quem deu a informação e sabem bem que não foi o Ministério Público. Por isso pare-se com essa hipocrisia. Os senhores jornalistas sabem disso e eu digo porquê: porque muitos já mo disseram, muitos. Toda a gente sabe nas redacções, nas televisões em todo o lado o que é que aconteceu. Pare-se de imputar isso ao Ministério Público. O Ministério Público não tinha qualquer interesse em o fazer". (...)

"Qualquer pessoa que revele publicamente que conhece quem violou o segredo de justiça, que tenha provas para isso, o deve fazer. Eu pessoalmente não tenho, por isso esse contributo não o posso dar."

Rui Cardoso. Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.

 

A operação Marquês vai consumir-se nisto: ''Eu não fui, mas sei quem disse. Não tenho provas.'' Qualquer alcoviteira o diria. Para além do segredo de justiça violado não há mais nada a não ser perturbação do inquérito.

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08:46

Mário Machado no CMTV

por MCN, em 16.02.15

Em entrevista gentilmente concedida ao Correio da Manhã TV pelo Mário Machado, o nazi confessa que assaltou a residência de Celestino Monteiro, tio de José Sócrates, por sugestão de um membro do actual governo, para ''recolher'' documentos.
Ficamos também a saber que Mário Machado se manifesta arrependido da sua actividade criminosa e aguarda a liberdade condicional, de que fará uso para evitar que os Hammerskins recorram ao crime para ''refundar Portugal'' e, pelo que entendi, fazer por aí mais umas ''justiças''.
Ainda não consigo sequer imaginar aonde isto vai parar.


 

 

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16:02

Os jogos de azar são imprevisíveis, é certo.
A tômbola do Tribunal da Relação de Lisboa andava avariado há uns dias.
Hoje acordou e surpreendeu-nos com resultados surpreendentes, insólitos, ou do domínio da bruxaria.
O recurso de José Sócrates calhou ao Desembargador Agostinho Torres. Agostinho Torres foi Director Nacional Adjunto da Polícia Judiciária no tempo de Santos Cabral. Quem não se recorda da tômbola das ''remodelações'' das chefias na Polícia Judiciária no tempo de Alberto Costa?
A Carlos Santos Silva calhou-lhe, para agravar suspeitas infundadas, Maria da Graça dos Santos Silva. Não existe qualquer relação entre os interessados. O apelido é coincidência.
A tômbola do Tribunal da Relação desempenhou a tarefa e encargo espontânea e automaticamente, sem qualquer interferência nem vigilância das partes.
Nem o Euromilhões seria tão isento.
É o que se pode dizer para já. Também estava a dormir quando a tômbola acordou.

Agostinho Torres foi a primeira cedência de Santos Cabral, quando Alberto Costa, Ministro da Justiça de José Sócrates, foi pressionado para remodelar a Direcção Nacional da Polícia Judiciária.

 

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18:50

Afinal o ''caso Sócrates'' parece ter sido uma tentativa de reajuste de mercado entre a COFINA e a CONTROLINVESTE.

Quem informou Sócrates de que ia ser detido? Essa é boa!!
Foi a revista SÁBADO que nos informou a todos.
O que parece é que, para salvar a credibilidade da revista SÁBADO, o procurador e o juiz não podiam fazer outra coisa.

 

 

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19:31

Como dizia há dias um hipócrita, o mais fácil em política é matar o pai.


Como era de prever, a comunicação social, agora, vai descarregar as culpas nos super magistrados. Eu bem os avisei.

''O que a investigação atira para uns jornais, é o oposto do que essa mesma investigação atira para outros jornais, às vezes do mesmo grupo proprietário.''

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23:14

Com o consentimento tácito da magistratura, sobretudo dos intervenientes no processo, o Correio da Manhã continua a desmantelar a credibilidade das instituições judiciais.
Como teve acesso o Correio da Manhã ao teor da conversa privada entre Pinto da Costa e José Sócrates?
As confidências entre os prisioneiros e as suas visitas são escutadas como? Através de escutas ambientais, directamente difundidas para as redacções dos jornais? As escutas entre José Sócrates e o seu advogado também são escutadas?
Olimpicamente cúmplice através do silêncio, é todo o sistema judicial que se expõe à indignidade.
É muito grave! A ordem pública foi perturbada!

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18:40


João Araújo, advogado de José Sócrates, não foi autorizado por Jaime Martins, Ordem dos Advogados, a divulgar o teor do recurso que apresentará hoje requerendo a libertação do seu constituinte.
Invoca, para fundamentar a sua decisão a sugestão de um livrito de um correlegionário. ''Deontologia profissional'' de Carlos Mateus.
“Usar os meios de comunicação social para conseguir alcançar objectivos processuais é recorrer a meios desleais de defesa dos interesses das partes”
Não sei se João Araújo vai acatar a autoridade de Jaime Martins. Não conhecemos a posição de Elina Fraga, embora se possa deduzir da sua coerência.
Se João Araújo acatar, quem perturbou, afinal, a ordem pública?

O envolvimento do SOL, do Correio da Manhã, da revista SÁBADO, para citar alguns, na manipulação pública do processo contra José Sócrates, a par da insistente recalcitrância destes meios de comunicação social em se apresentarem como porta voz da super magistratura, há muito que deixaram a nu que existe um ''lobby'' de extrema direita encapotado na magistratura portuguesa, que tem administrado mediaticamente todo o universo dos processos associados a temas políticos.


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16:04

Inesperadamente, o contabilista Francisco Machado da Cruz telefonou a Fernando Negrão para lhe comunicar que não estava desaparecido. Na véspera, Ricardo Salgado comentara ‘’não fui eu que o fiz desaparecer’’, sugerindo, se a minha intuição hermenêutica não está enferma, que alguém o fizera desaparecer, na pior das hipóteses do alcance de Ricardo Salgado. É lícito imaginarmos que, se alguém o fez desaparecer, alguém o fez aparecer, no momento oportuno.

Fernando Negrão, o Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES, foi Director Nacional da Polícia Judiciária. Não sei porque razão, ao ouvir e ver Francisco Negrão transmitir que o contabilista lhe telefonara a comunicar que não está fugido nem desaparecido e se encontra disponível para prestar depoimento na Comissão, a ‘’coisa’’ me pareceu uma daquelas conferências de imprensa de última hora da Polícia Judiciária, a comunicar uma apreensão sensacional de droga.

No âmbito do processo de investigação que corre no DCIAP, os principais depoentes no âmbito do Inquérito Parlamentar estão constituídos arguidos e foram-lhes impostas medidas de coacção severas. Ao Presidente do BES, Ricardo Salgado, foi aplicada uma caução em substituição da prisão preventiva. É suposto que uma das medidas aplicadas seja a proibição de todos os arguidos estabelecerem e desenvolverem contactos entre si.

Se tudo o resto decorresse na normalidade, sem o aparato cénico que se tornou habitual em torno das intervenções da justiça com envolvimentos políticos, esta medida preventiva seria porventura compreensível e compatível com a normalidade, ou mesmo desejável.

Das duas uma, como é hábito dizer. Os tempos da justiça e os da política andam descoordenados ou andam escrupulosamente coordenados.

A mim, pessoalmente, parece-me que andam muito bem coordenados. Sendo estes processos de grande complexidade e sendo também certo que se tornou num hábito dos magistrados e investigadores em Portugal anteciparem a investigação com medidas que, em regime de normalidade, pressuporiam já uma consolidação madura das suspeitas, o DCIAP e o TCIC entenderam sabiamente que a melhor forma de a investigação se esgueirar através da complexidade seria fechar os suspeitos todos na mesma cela na Assembleia da República. Meter tudo num saco de gatos.

Os investigadores sabem que quando proíbem os suspeitos de comunicarem entre si estimulam o apetite e impulsionam a comunicação. Basta depois apurar o ouvido. Mas nunca tinha ocorrido antes aos investigadores pôr os suspeitos todos à bulha na ‘’Casa dos Segredos’’.

Aquilo a que temos assistido no Parlamento é deplorável. Uma tragicomédia.

Resta-nos a inspiração para uma novela, plena de condimentos e alusões à torpeza humana.

Mas o papel mais deplorável nesta comédia foi assumido pela oposição, nomeadamente o PCP e o Bloco de Esquerda, que assimilaram na perfeição o seu espaço e o seu tempo na comédia, deslumbrados com a clarividência e a espontaneidade de José Maria Ricciardi e reforçando os argumentos sobre que se fundamentou a intervenção e o programa de Carlos Costa.

É tudo uma grande trapalhada e nunca entenderemos o que se passou com o BES. Mas o perfil do culpado disto tudo está conclusivamente traçado.

O tema do terceiro acto da comédia será a limpeza do retrato de Ricardo Salgado, tal como se limpa o de Oliveira e Costa. Mas isso ficará para depois, quando o Novo Banco estiver vendido e estiver constituída a PARVALOREM do BES para administrar o lixo. Então conhecer-se-há o rol dos devedores que enganaram Ricardo Salgado.

Nada de novo a leste deste inferno.

Mas fica uma questão por responder.

O Ricardo Salgado é idiota? Porque razão foi ao Parlamento declarar com tanta convicção que o seu contabilista estava desaparecido se sabia que, na manhã seguinte, telefonaria ao Fernando Negrão a fazer ‘’prova de vida’’?

Quem semeou a desordem pública?

 

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18:19


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